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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fora dos limites

GRÉCIA - Um projeto de lei que pune a descriminação, a negação de genocídios e a propaganda e o uso de símbolos nazistas divide a aliança que governa a Grécia, formada pelo partido conservador Nova Democracia (ND) e os progressistas Pasok e Dimar. A norma busca freiar os episódios de descriminação e racistas, que cada vez mais avança na sociedade grega, em parte pelo crescimento do partido neo-nazista Amanhecer Dourado (AD), cujo parlamentares estão protagonizando vários eventos.
   Em meados de maio Yanis Dragasakis, vice presidente de Deputados e membro do AD, protagonizou um enfretamento verbal com o lider do esquerdista Syriza, que levou a bancada do AD se retirar da sala gritando "Heil Hitler". Não foi a primeira vez que aconteceu algo parecido. Seus 18 parlamentares, dos 300 que estão na Câmara, já haviam protagonizado vários incidentes, e fora desses lugares tem levantado uma infinidade de reações negativas. Por exemplo, quando repartiram comida para os mais necessitados, porém só para aqueles que podiam acreditar que eram gregos, ou quando chamaram, dias atrás, as pessoas para ir "matar banqueiros" no lugar de suicídios pela crise econômica.
   Porém o evento em meados de maio se somou a outro de gravidade: o 2 de maio, o deputado do AD Yorgos Germenis tentou agredir o prefeito de Atenas, Yorgos Kaminis, e quando foi dominado pelo guarda-costas de Kaminis, tentou sacar sua armar e atirar.
   Alguns legisladores da aliança de governo iniciaram uma campanha para impulsionar medidas que possam limitar esses novos parlamentares. Por exemplo, uma deputada escreveu uma carta pública pedindo para proibir a entrada no Parlamento com armas - os legisladores do AD geralmente agitam suas armas ao argumentar, garante-. Em realidade, esso já está proibido, mas os controles não era tão abrangente como desde a agreção ao prefeito de Atenas.
   Vários casos têm atravessado fronteiras; o último deles é de um jovem afegão de 15 anos que foi brutalmente espancado por um grupo de homens vestidos com o uniforme do AD. Após o ataque o jovem prestou queixa, porém a polícia tentou deportá-lo antes mesmo de investigar o que tinha ocorrido. Em outra ocasião, a Associação Muçulmana da Grécia denunciou ter recebido uma carta assinada pelo grupo político neo-nazista, que exigia que todos os muçulmanos deixassem o país antes de 1º de julho ou seriam "mortos como galinhas".
   A situação preocupa tanto a União Europeia como nos Estados Unidos, onde se exigia que o governo grego fizesse algo. Só neste mês as sentenças verbais se traduziram em impulsos concretos para a exclusão de quem cometer atos racistas. Um deles foi do ministro de interior, Nikos Dendias, que disse em uma entrevista ao jornal Real News que a Contituição dá elementos para "excluir o AD do sistema de partidos", mas que isso necessita do apoio parlamentar.
   O Ministerio da Justiça preparou o projeto de uma nova lei que contempla penas entre 3 meses e 5 anos de prisão e multas de até 20 mil euros para quem promova a discriminação racial, sexual ou religiosa, façam propaganda nazista ou utilizem seus símbolos, e aqueles que negam crimes contra a humanidade e genocídios. Também prevê a privação dos direitos políticos por até 3 anos e, en caso de que a discriminação seja cometiva por um líder ou porta-vos, o partido ou organização que o mesmo representa será privada de fundos públicos. É considerado um agravante o uso do Parlamento para difundir ideias discriminadoras e se retira a imunidade dos legisladores em casa de que se cometam esses crimes.
   O vice-ministro da Justiça, Kostas Karagunis, disse ao apresentar a norma, no ínicio de maio, que esta deve contar com o apoio de todas as formações, porque "todo partido democrátivo e não fascista tem o dever de apoiá-lo". Em declarações a agencia de notícias Efe, Karagunis reconheceu que um dos objetivos do texto é "dar uma resposta clara" ao crescimento do AD.
   A norma chegou no Parlamento na segunda-feira e não foi tão bem sucedida quanto esperavam. "Não houve acordo político porque no ND não estão convencidos", assegurou o líder do partido socialista demócrata Pasok, Evangelos Venizelos. O governo está formado pela maioria do ND, com o respaldo dos progressistas Pasok e Dimar. O conservador ND, chegou a considerar o AD um "partido irmão"- embora depois se retratou - porque compartilham o impulso de políticas anti-imigração. Venizelos acusou o ND que querer ganhar o "público do AD", a crítica semelhante a lançada pelo opositor Syriza, onde disse que "ND está namorando com a extrema direita".
   As mídias gregas informação que o governo do primeiro ministro, Andonis Samaras (o setor mais direitista), levou ao Ministerio da Justiça (a ala mais progressista do partido) o projeto e deu-se mais semelhante a outra ideologia, que será uma serie de modificações para contar com o respaldo dos setores mais conservadores do grupo.
   Esse cenário ameaça romper a unidade da aliança de governo. Na terça os parceiros progressistas do ND anunciaram em um comunicado conjunto que vão voltar para a lei do Misnisterio da Justiça e vão apresentar por conta própria no Parlamento. Consultados pela imprensa, recusaram-se a se aliar com o principal partido opositor, Syriza, para reunir os votos necessários para a aprovação da norma.
   O ND disse que não votarão pela proposta se não for aprovada pelo gabinete, e alguns legisladores apontaram que talvez não precise de uma nova lei. O AD assegurou que "nada vai parar a maré nacionalista" e que o atual governo "não vai durar muito".

fonte: la diaria - Uruguai

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Soberania e Integração: O Banco do Sul começará suas atividades em junho


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o Banco do Sul começará suas operações na próxima segunda (3), e advertiu que "as bandeiras do neoliberalismo do continente" estão levantando novamente.


"Estamos a dias de um momento histórico, o 3 de junho, aqui em Caracas, vamos intalar o conselho de Ministros-Governadores do Banco do Sul e nesse dia serão tomadas as decisões para que comece as operações", expressou Maduro.

O presidente venezuelano fez este anúncio a noite, durante a instalação de uma Conferência sobre Recursos Naturais e Desenvolvimento Integral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) que se realizará até a próxima quinta-feira(30), en Caracas.

Maduro relembrou que a ata de fundação do Banco do Sul foi assinada em 9 de dezembro de 2007 pela Argentina, Bolivia, Brasil, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, com o fim de gerar uma entidade de financiamento regional independente de organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ressaltando o valor da iniciativa continuar, apesar dos "obstáculos" apresentador pelos "excelentes tecnocratas financeiros", delineou Ansa.

Chamou a atenção sobre a necessidade de "adaptar-se à velocidade e qualidade para os tempos que estão em desenvolvimento, ou essa velocidade pode arrastar-se até nós e nos levar pelos caminhos ultrapassados".

"Estão levantando novamente as bandeiras Alca e do neoliberalismo no continente, sabemos o que isso significa", disse ele, acrescentando: "Nós começamos a ver lá como estão esfregando as mãos e acreditando que volte o tempo para os projetos neocolonizadores".


Fonte: Diario Pulse

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Em reunião, fabricantes garantem estar preparados para crescimento do mercado de Telecomunicações.


   Brasília – Os maiores fabricantes de equipamentos e componentes de redes de telecomunicações garantiram em reunião com Maximiliano Martinhão, secretário de Telecomunicações do MiniCom, que a indústria brasileira está preparada para atender à crescente demanda do mercado de telecomunicações do Brasil.
   Martinhão descatou o esforço do governo para estimular investimentos do setor e aumentar o acesso à banda larga. De acordo com o secretário, a indústria nacional de telecomunicações é importante para o desenvolvimento tecnológico do setor, como também para o crescimento econômico do país.
   A reunião contou com presenças como da diretora executiva da Associação P&D Brasil, Rosilda Prates; Ivo de Andrade Filho, da Parks; Antônio Porto, da Datacom; João Carlos Alcântara Jr, da Furukawa; entre outros representantes.
   Os representantes das empresas descataram que as produções estão preparadas para o mercado,  incluindo equipamentos desenvolvidos com tecnologia nacional, que ganham incentivo como o Regime Especial de Tributação do PNBL.
   Prates, da Associação P&D Brasil, relatou que os investimentos em pesquisa e tecnologia de suas empresas associadas é na média de 16% do faturamento. Os empresários reiteraram a posição de manter os investimentos no desenvolvimento de soluções e na produção local de forma a gerar mais empregos e contribuir para a redução do déficit da balança comercial do setor.