Segundo o filósofo grego Descartes, autor da célebre frase "penso, logo existo", o pensamento não se origina no próprio homem, e sim, fora dele, ou, em suas próprias palavras, em uma área distinta da área corpórea.
Partindo de tal princípio chegamos facilmente ao encontro da manipulação do pensamento, ou seja, para manipular o pensamento não se precisa dominar a mente do ser humano, mas sim, dominar aquilo que lhe faz pensar, aquilo que lhe origina o pensamento.
Recaímos então na questão do certo e errado, o que é pensamento certo e o que é pensamento errado. Isso é uma questão muito individual, às vezes o que é bom para o coletivo não é bom para o individuo, e vice e versa, mas a questão é que não temos liberdade de pensamento, sempre há algo nos movendo, algo que não enxergamos nos fazendo pensar, e pensar para ele, algo nos preparando para um fim inevitável, um fim onde não há escapatória..o fim do pensamento!
Cada vez mais vemos crescer em nosso meio o fascínio pela televisão. Se a criança chora, a mãe a coloca em frente à TV para que pare, e assim é, desde pequenos somos treinados a responder estímulos mentais, a se distrair com cores, aceitamos facilmente a dominação de pensamento, tornando nossa mente uma prisão de idéias fúteis e inférteis, que nos fazem somente mais aliado à subserviência.
É a nossa maneira de pensar que nos torna mais vivo?
Aonde está a liberdade de pensamento senão na condição de elaborarmos nossas próprias idéias, sem se deixar levar por palavras bem ditas ou imagem criadas para manter o sistema intacto?
Por que não devemos pensar por nós mesmo? Por que somos obrigados a aceitar que nossos pensamentos sejam nada mais do que tijolos nessa parede de enganação e indiferença?
-Postado por
Lucas Tiné-